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Inovações na Construção Civil: Como startups atuam para modernizar o setor

Criar inovações na Construção Civil tem sido um desafio abraçado por muitas startups, visto que, apesar de ser um um dos setores mais importantes da economia brasileira, esse ainda é um dos que menos investe em tecnologia.

Segundo dados do DIEESE, a participação da Construção Civil no PIB brasileiro já chegou a 6,5% em 2012 e, mesmo com a queda para 3,7% em 2020, esse ainda continua sendo um setor bastante representativo para a economia do país.

Por outro lado, uma pesquisa do McKinsey Global Institute (2016) mostrou que, de todos os setores da economia, a construção civil era o segundo que menos usava tecnologias digitais (mais apenas que caça e pesca). O problema se traduz em perda de eficiência, desperdícios, enfim, perdas econômicas.

O processo de reinvenção da construção civil passa, dentre outros fatores, pelo surgimento de startups ligadas ao setor. Descubra então como esses empreendimentos têm atuado para as inovações no setor.

Tipos de startups que atuam em inovações na construção civil

O setor imobiliário ganhou alguns termos: PropTech (Propriedade), ReTech ou Real Estate Tech (Real Estate), ConTech ou Construtech (Construção). No setor da Construção Civil se destacam as Proptech e as Construtech.

Além disso, a área com maior quantidade de construtechs atuantes é o de aluguel, compra e venda de imóveis, com aproximadamente 29% das startups.

Em segundo lugar vem o setor que envolve o canteiro de obras com 16%, seguido pelo setor de reformas e interiores com 10%. Estes três setores representam 55% do total de construtechs atuantes no mercado nacional.

Proptech

São startups que representam uma revolução no mercado imobiliário, uma vez que promovem inovações em torno de uma propriedade imobiliária por meio de negócios de base tecnológica.

Em outras palavras, essas inovações visam aprimorar processos já existentes e criar novos processos. Dentre as inovações que as Proptechs estão trazendo para o setor imobiliário, estão:

  • Inteligência Artificial: Agiliza o processo de venda de imóveis com processamento da linguagem e reconhecimento de imagem que podem rapidamente digitalizar documentos de compra e venda e importar os dados para uma plataforma CRM. Não apenas isso, ele também automatiza as comunicações entre agente e potenciais clientes, por meio da validação dos dados, da automação da comunicação e dos fluxos de trabalho dentro de um sistema de CRM.
  •  Blockchain: Esta tecnologia adiciona liquidez ao mercado imobiliário e permite que as transações imobiliárias se realizem por meio de um sistema simples e menos regulado.
  • Realidade virtual e aumentada: As visitas virtuais permitem que os compradores vejam os imóveis virtualmente sem precisar sair de casa, antes mesmo do imóvel ser construído.
  •  Big Data: As empresas utilizam esta tecnologia para tomar melhores decisões e realizar movimentos estratégicos, adaptando a sua abordagem ao consumidor.
  • Criptomoedas: Facilitam a transferência de ativos e permitem a realização de transações transfronteiriças e vendas de imóveis por meio de bitcoins.
  • Geolocalização: Com esta tecnologia, o setor imobiliário pode analisar melhor a localização e explorar os ativos mais detalhadamente.

Construtech

Construtechs são startups que oferecem soluções tecnológicas para a cadeia produtiva da construção civil, tornando esses processos escaláveis e replicáveis.

Esses empreendimentos buscam resolver as “dores” de empresas como mineradoras, construtoras, empreiteiras, indústrias de materiais, imobiliárias, empresas de arquitetura e até governos.

Ou seja, as soluções visam facilitar e otimizar a rotina dos profissionais que trabalham nessas áreas nas mais variadas ramificações da construção civil. São algumas dessas soluções:

  • Soluções em BIM;
  • Automação residencial;
  • Gerenciamento de obras, manutenções, reformas, projetos de interiores;
  • Impressão 3D;
  • Softwares e;
  • Materiais de construção.

Principais Inovações na Construção Civil

A criação de inovações na construção civil podem oferecer grandes benefícios, como aumento da eficiência, produtividade e redução de falhas.

Dentre algumas das principais ferramentas, podemos citar:

Soluções em BIM

Primeiramente precisamos entender que o termo BIM – Building Information Modeling (Modelagem da Informação da Construção) é um processo criado para gerenciar informações em um projeto de construção em todo seu ciclo de vida.

Como resultado, esse processo trás o modelo de informações de construção, que representa a descrição digital de cada aspecto do ativo construído. É a partir dele que se viabiliza a utilização de outras tecnologias como a automação e robótica.

O BIM reúne todas as informações criadas em um formato legível por todos os envolvidos na construção de uma edificação, promovendo eficiência, integração da cadeia de valor, sustentabilidade, dentre outras vantagens.

Em suma, a implementação da metodologia BIM se dá em 4 estágios, que são:

  • Pré-BIM (ou estágio 0): empresas que ainda usam ferramentas em CAD, desenhos feitos com linhas representativas e informações em documentos auxiliares, muito suscetíveis a erros;
  • 1- Estágio 1: quando se inicia a transição do 2D para o 3D nos desenhos, que já representam elementos reais sendo visualizados em três dimensões;
  • 2- Estágio 2:  quando há colaboração entre os setores do projeto e o gerenciamento torna-se mais complexo e amplo, porém ainda não totalmente integrado;
  • 3- Estágio 3: o último estágio, onde há total integração de processos, com informações em tempo real chegando a todos os envolvidos no processo produtivo.

Drones

Esses dispositivos estão sendo incorporados ao mundo da construção civil, com usos variados e trazem vantagens significativas em termos de custos e prazos. Os principais usos são, por exemplo:

  • Prestação de serviço de imagens;
  • Captação de imagens para segurança no trabalho;
  • Içamento de cabos;
  • Mapeamento de áreas;
  • Inspeções, entre outros.

Automatização da Construção e Impressão 3D

Os primeiros protótipos de robôs na construção civil começaram a surgir em meados dos anos 80, mas a sua concretização tem se dado de forma bastante lenta.

Contudo, essaa situação vem se acelerando nos últimos anos, especialmente com a adaptação da impressão 3D para a construção civil.

Isso porque, o uso dessa tecnologia tem potencial de reduzir de forma significativa os custos e desperdícios, aumentar a qualidade final, a segurança, a velocidade de construção e a dependência de mão-de-obra nas construções.

Dispositivos vestíveis

Outras inovações na construção civil são os dispositivos para serem usados nas vestimentas, como capacetes inteligentes e smart glasses (óculos 3 D).

Por exemplo:

  • Sensor para prever envenenamento por monóxido de carbono;
  • Fita para prever acidentes causados por cansaço;
  • Etiqueta de controle de quedas;
  • Capacete inteligente;
  • Óculos 3D para revisão de projetos

Startups com maior destaque na Construção Civil 

De acordo com levantamento feito pelo Terracotta Ventures (2021), no período de 2015 a 2020 o número de Construtechs e Proptechs  aumentou em 235%, chegando a mais de 830 no país.

Portanto isso demonstra que, mesmo em períodos de recessão no setor, mais e maiores startups estão surgindo.

Dentre algumas startups que se destacaram nesse período estão algumas relacionadas à tendência da construção modular offsite, ou seja, sistemas construtivos baseados em módulos, com sua fabricação fora do canteiro de obras.

Também tem se destacado startups com soluções ao longo de toda a jornada da construção civil, com plataformas que integram todos os processos.

Além disso, construtechs que usam dados e inteligência artificial para o processo de estudo de viabilidade de incorporações, também foram algumas das que mais se expandiram.

Pretende investir em inovações na construção civil, mas não sabe por onde começar? Entre em contato com o nosso time de especialistas e descubra como podemos te ajudar.

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O que é CVM e quais as suas principais funções

Descubra o que é CVM e quais as suas principais funções neste artigo. CVM é a sigla para Comissão de Valores Mobiliários, uma Organização vinculada ao Ministério da Fazenda que regula e fiscaliza o mercado financeiro.

O mercado financeiro pode ser um ambiente bastante complexo, especialmente para quem está começando no mundo dos investimentos. A diversidade de agentes e interesses envolvidos, faz com que, muitas vezes, surjam conflitos de interesse entre os negociadores.

Neste cenário, a CVM é a entidade que tem, entre outras funções,  proporcionar o bom funcionamento deste ambiente, inspecionando Sociedades Anônimas de capital aberto, fundos de investimentos, corretoras, entre outros.

Ou seja, entre as atribuições da CVM está a proteção aos investidores, prezando pelos direitos desses agentes, ao mesmo tempo em que promove uma maior transparência e confiabilidade ao mercado de valores mobiliários.

Continue a leitura e saiba mais sobre a importância desta Organização!

O que é CVM?

A CVM – Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia, ou seja, uma entidade autônoma, criada por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios para executar atividades típicas de Administração Pública.

A entidade é dotada de autoridade administrativa independente, sendo gerida por um Presidente e quatro Diretores nomeados pelo Presidente da República. Também faz parte deste órgão um corpo de Superintendentes, que constituem a instância executiva da CVM.

Esta Organização foi criada com o objetivo de promover uma economia baseada na livre iniciativa. Sua função principal é garantir os direitos do investidor, principalmente o acionista minoritário.

Por outro lado, a CVM também é responsável por defender os interesses do mercado de valores mobiliários em geral. Isso compreende o ambiente em que são negociados títulos emitidos pelas empresas para arrecadar, junto ao público, recursos para o financiamento de suas atividades.

Ao definir como seu objetivo básico defender os investidores, principalmente os acionistas minoritários, a CVM busca garantir:

  • Que o mercado ofereça condições de segurança e confiabilidade;
  • Que esse ambiente seja capaz de se consolidar como instrumento dinâmico e eficaz na formação de poupanças, na capitalização das empresas e na distribuição da renda e da propriedade;
  • A participação de investidores de forma crescente e democrática, com acesso do público às informações sobre valores mobiliários negociados e sobre as empresas que tenham emitido.

Ou seja, a CVM é uma instituição que atua para estimular o mercado, ao mesmo tempo que assegura aos investidores a regulamentação do processo e a garantia dos seus interesses.

Portanto a CVM, regula e fiscaliza operações do mercado que tratam de valores mobiliários.

Mas, afinal, o que podem ser considerados ou não valores mobiliários?

São Valores Mobiliários

De acordo com o que foi estabelecido na Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976 e adaptado pela Lei nº 10.303, de 31 de outubro de 2001, são considerados valores mobiliários:

  1. Ações, debêntures e bônus de subscrição, assim como cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos a estes itens;
  2. Certificados de depósito de valores mobiliários;
  3. Cédulas de debêntures;
  4. Cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de investimento em quaisquer ativos;
  5. Notas comerciais;
  6. Contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários;
  7. Outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes; e
  8. Quaisquer outros títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros, quando ofertados publicamente.

Não São Valores Mobiliários

  1.  Títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal; e
  2. Títulos cambiais de responsabilidade de instituição financeira, exceto as debêntures.

Além desses, qualquer outro título criado e emitido por sociedades anônimas, podem ser negociados, desde que se adequem ao conceito de valor mobiliário e sejam registrados na CVM.

Quais são as principais funções da CVM?

Como já dissemos, dentre as funções principais da CVM existe a regularização e fiscalização do mercado financeiro, defendendo os interesses de investidores. Para isso, essa entidade desenvolve atividades relativas a: 

  1.  Emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado;
  2. Negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários;
  3. Negociação e intermediação no mercado de derivativos;
  4. Organização, funcionamento e operação das bolsas de valores;
  5. Organização,  funcionamento e operação das Bolsas de Mercadorias e Futuros;
  6. Administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários;
  7. Auditoria das companhias abertas;
  8. Serviços de consultoria e análise de valores mobiliários.

Além disso, a CVM é responsável por atividades como a regulamentação do mercado, observando a política definida pelo Conselho Monetário Nacional, a fiscalização e inspeção das companhias abertas, a veiculação de informações relativas ao mercado (pessoas que participam dele e valores negociados), entre outros.

CVM 88 e suas mudanças para o investimento no Setor de Startups

Uma importante modificação na Lei da CVM é a Resolução CVM 88, que trata sobre a oferta pública de distribuição de valores mobiliários de emissão de sociedades empresariais de pequeno porte, realizada com dispensa de registro por meio de plataforma eletrônica de investimento participativo, ou seja, os Crowdfunding.

Essa resolução começa a vigorar em Julho de 2022. Ela permite às plataformas intermediar processos de compra e venda, entre investidores, de participação societária de ofertas realizadas em suas plataformas.

A nova regra aumenta o limite de receita anual para as empresas que desejam captar recursos nessa modalidade. O limite de faturamento que, até então, era de 10 milhões passa para 40 milhões, sendo que pode chegar a 80 milhões, no caso do financiamento para um mesmo grupo econômico

Outra modificação trazida pela resolução é o aumento no tamanho do teto para as rodadas de captação, que passam de R$ 5 milhões para R$15 milhões a partir da nova regra.

Outras modificações com a CVM

Além da ampliação destes valores, a resolução CVM traz outras modificações importantes, que podem causar uma verdadeira  revolução do setor de financiamentos coletivos, a exemplo do aumento de limites, novos critérios de divulgação das rodadas, ampliação nas proteções aos investidores e melhorias na operacionalização da rodada.

Também podemos citar entre as principais modificações:

  • O limite apontado para investidores não-qualificados que passou de R$ 10 mil para R$ 20 mil anuais;
  • Definição de novas diretrizes para a divulgação das ofertas, o que inclui por outros meios além da própria plataforma,
  • Auditoria, por auditor registrado na CVM, da escrituração dos valores mobiliários, que passa a ser obrigatória em alguns casos, e nas captações acima de R$10 milhões;
  • Permissão de até 25% em lotes adicionais de ações para complementar demanda de uma oferta finalizada com sucesso.

Como foi possível perceber, a nova resolução do CVM busca garantir ainda mais os interesses dos investidores e a transparência do mercado financeiro, especialmente os relacionados aos financiamentos coletivos.

Nesse sentido, vale salientar que, optar pelo registro na CVM significa enviar e manter atualizadas informações econômicas e financeiras que permitam aos investidores avaliar as condições atuais e futuras da sua empresa, tornando seu negócio muito mais atrativo para o mercado.

Ficou com dúvidas sobre o que é CVM e como o registro nessa entidade pode ajudar sua empresa? Entre em contato com o nosso time de especialistas para saber mais.