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Como Vender no Tik Tok: Confira 8 passos

Como vender no Tik Tok? Esta é uma pergunta que vem crescendo muito entre empresas e empreendedores. Você também tem esta dúvida?

O aplicativo de compartilhamento de vídeo de formato curto por meio do qual  os usuários criam e compartilham clipes de até 60 segundos começou como a queridinha de adolescentes, a chamada geração Gen-Z.

Contudo, ela cresceu de uma forma estrondosa e hoje é bem mais do que um aplicativo de sincronização labial e dancinhas virais. Atualmente o Tik Tok hospeda vídeos que falam de tudo, desde trechos de comédia a vídeos de tutoriais, truques, dança, vlogs diários e dicas de comércio eletrônico, ou seja, tudo que você possa imaginar.

O diferencial do TikTok e o que torna seu conteúdo tão compartilhável é sua crescente “Biblioteca de sons”, a partir da qual os criadores podem adicionar facilmente a seus vídeos clipes de músicas ou trechos de diálogos de programas de TV, filmes e até Tik Toks de outros criadores.

Embora os criadores mais populares sejam celebridades com bases de fãs globais , é possível se tornar viral, mesmo que sua conta não tenha muitos seguidores. Ao aproveitar sons populares e usar hashtags de tendências, seus vídeos podem receber centenas, milhares, até milhões de visualizações.

Continue com a gente e descubra como vender no tik tok

Por que você deve criar uma conta TikTok para sua empresa?

Um dos principais pontos para considerar usar o TikTok é porque ele atende a usuários mais jovens, ao deixar de usar esta rede você estará perdendo uma grande oportunidade.

Essa rede tem cerca de 75 milhões de usuários ativos mensais apenas no Brasil e quase 1 bilhão em todo o mundo. Não é apenas um público massivo, mas os usuários do TikTok são muito interativos e altamente engajados.

No TikTok, não importa os tipos de produtos você vende,  o que importa é se você pode adequar sua marca ao tipo de conteúdo viral.

Se você souber incluir um toque exclusivo a sons em alta, seus vídeos podem aumentar o reconhecimento da marca ao atrair a atenção de milhares de clientes em potencial.  

Como vender no TikTok: confira o passo a passo

Confira a seguir algumas dicas básica de como vender no Tik Tok:

Passo 1: Crie sua conta

Crie uma conta apenas para sua empresa. Ao criar um nome de usuário, tente manter  o que já usa em outras mídias sociais para que os clientes possam identificar facilmente sua marca.

Depois da conta criada, adicione uma foto de perfil, uma pequena biografia e conecte suas contas do Instagram e do Youtube, se tiver.

Passo 2: Mude para uma conta Pro

As contas do Tik Tok podem ser de dois tipos:  Pessoal e Pro. Dentro da opção “Pro” ainda é possível escolher entre “Criador” ou “Negócios”. Quando você cria uma conta, ela será Pessoal por padrão. Depois você poderá configurar.

A versão Pro é gratuita e oferece alguns benefícios.  Veja um resumo de cada tipo de conta:

  • Pessoal: para usuários comuns que usam o TikTok para visualizar vídeos;
  • Criador: para usuários que postam diariamente e tentam aumentar o número de seguidores. Os benefícios incluem análises detalhadas sobre seus vídeos, como dados demográficos da audiência. Você também pode participar do Fundo para Criadores assim que alcançar 10.000 seguidores, o que monetiza suas visualizações;
  • Business: com uma conta comercial, você não poderá participar do Creator Fund, mas ainda poderá acessar análises detalhadas. Poderá adicionar um link em sua biografia (para seu site, por exemplo), informações de contato comercial, ter acesso a soluções exclusivas de engajamento, rastreamento de desempenho e soluções de publicidade.

Se você deseja promover sua empresa ou marca, uma conta comercial é sua melhor aposta.

Passo 3: Comece a criar conteúdo

Antes de começar a criar seu conteúdo dê uma olhada na página “para você” para algumas inspirações. Lembre-se:

  • Tente criar conteúdo divertido e sem ser muito “vendedor”. O principal objetivo é manter o espectador engajado para que ele queira assistir novamente ou até mesmo compartilhar o vídeo;
  • Quanto mais pessoas visualizarem e compartilharem seu conteúdo, mais o TikTok o sugerirá a outros usuários.
  • É importante atrair a atenção do espectador nos primeiros segundos do seu vídeo, ou ele simplesmente rolará para o próximo;
  • Pesquise hashtags  relacionadas a negócios e empreendedorismo, para ter ideias sobre como outras marcas estão se promovendo;
  • Para aumentar suas chances de viralizar, recomendamos postar, pelo menos, de 1 a 3 vezes por dia;
  • Crie um desafio e uma hashtag exclusiva para seu produto que incentive as pessoas a participar;
  • Usar sons populares aumenta suas chances de viralizar no Tik Tok.

Passo 4: envolva-se com seu público e se mantenha consistente

À medida que você começa a receber visualizações, curtidas e comentários, é importante responder ativamente os comentários.

Também é muito importante manter a consistência com seus vídeos. Se você postar apenas uma ou duas vezes por semana, provavelmente não conseguirá o alcance que deseja. Poste pelo menos uma vez por dia.

Passo 5: Aproveite o marketing de influenciadores

Você pode promover sua marca no TikTok em parceria com “influenciadores” ou criadores com mais seguidores. Um influenciador do seu nicho pode levar seus produtos a um público muito maior.  Além disso, eles têm experiência para fazer com que o conteúdo pareça orgânico, em vez de publicidade óbvia. 

Pesquise palavras-chave que se apliquem ao seu nicho no TikTok para ver se há algum influenciador em sua região com o qual você possa trabalhar.

Você também pode encontrar os principais talentos dos influenciadores no Creator Marketplace do TikTok. Esse espaço  oferece informações sobre quais influenciadores são adequados para sua marca, além de ferramentas para ajudá-lo a criar uma campanha de marketing de influenciadores.

Passo 6: Incentive o conteúdo gerado pelo usuário (UGC)

Muitos produtos acabam se tornando virais no TikTok por causa do engajamento de pessoas comuns. As pessoas que apresentam um produto em seu vídeo, seja usando-o ou explicando por que o amam, podem lançar um produto em um circuito viral.

Incentive seus clientes e público a postar vídeos deles mesmos usando seu produto no TikTok. Você pode fazer isso criando um desafio, como mencionado acima.

Passo 7: explore opções de publicidade do TikTok

O TikTok oferece às marcas uma plataforma com vários tipos de anúncios e opções de segmentação para escolher e colocar seu produto ou serviço na frente das pessoas certas.

Para começar a criar anúncios no TikTok, primeiro você precisa se inscrever em uma conta do TikTok For Business  e acessar ao TikTok Ad Manager, onde poderá criar suas campanhas.

Em seguida, você seleciona uma meta com base nos seus objetivos como:  alcance, reconhecimento da marca, tráfego do site ou vendas.

Semelhante aos anúncios do Facebook , você pode escolher quem deseja segmentar com seus anúncios. Os filtros incluem idade, sexo, localização e até interesses.

Etapa 8: aproveite todos os recursos de marketing do TikTok

O TikTok oferece o “ Small Business Resource Center ” para ajudar os usuários da conta Business a aproveitar ao máximo o aplicativo.

Nessa página, os usuários podem acessar modelos para criar conteúdo de anúncios, participar de webinars gratuitos conduzidos por especialistas e ler histórias de sucesso de marcas que usaram o TikTok para aumentar o alcance de seus clientes. 

Podem ainda encontrar instruções sobre como usar o TikTok Pixel, um código que você pode incorporar na sua página de vendas ou site para coletar dados sobre os clientes que você alcançou por meio do conteúdo do TikTok.

Se você deseja saber mais sobre investimentos e estratégias de negócios, a exemplo de vender no Tik Tok,  entre em contato com o time de especialistas Booming.

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Como definir sua marca empresarial em 7 passos

Essencialmente, a marca é a personalidade do seu negócio e uma promessa para seus clientes. Mas, como definir sua marca empresarial?

Uma identidade de marca é formada pelo que sua marca diz, quais são seus valores, como você comunica seu produto e o que você deseja que as pessoas sintam quando interagem com sua empresa.

Hoje, quem tem um negócio,não pode escapar de escolher muito bem a sua marca. A identidade visual das empresas está em toda parte. Roupas, fachadas, embalagens de produtos e sites. Elas estão cada vez mais lembrando ao público que estão lá e tentando sempre chamar a atenção.

Uma marca é mais que simples identificador para diferenciar um negócio do outro. Muitas vezes, é o ativo intangível mais valioso no patrimônio de uma empresa. Seja você uma nova startup que deseja que sua marca apareça ou uma empresa tradicional querendo reposicionar sua marca, há vários aspectos a serem considerados.

Vamos começar com os principais elementos que uma marca eficaz e em seguida, 7 dicas de como definir sua marca. Confira!

Principais elementos de uma marca empresarial

A marca é mais importante do que nunca para sua startup. Uma identidade forte aumenta o valor da sua empresa, motiva e orienta os funcionários e cria uma base fiel de seguidores.

E, ao contrário do que você possa pensar, o branding envolve muito mais do que logotipos memoráveis. Sua marca é a soma da percepção das pessoas sobre seus produtos, visão e conteúdo. Tudo, desde o tom das suas postagens nas redes sociais até o design da sua embalagem, influencia a percepção que os outros têm da sua marca.

Para não errar nesse quesito tão importante para sua startup, veja quais são os elementos de uma marca eficaz:

REPRESENTAÇÃO FÍSICA

A representação física inclui o nome comercial, logotipo, cores e possivelmente um slogan. 

Ao projetar seu logotipo, deve-se definir: tipo de letra, formas, ícones, simbologia oculta (como a seta no logotipo da FedEx) e cores. Sendo importante fazer um estudo cuidadoso ao escolher as cores.

A identidade visual deve servir para todos os materiais de marketing. Além disso, os logotipos e cores devem refletir a promessa da sua marca e corresponder às expectativas dos consumidores em relação a ela.

VOZ

A voz da marca corresponde ao tom usado nas comunicações e marketing da sua startup.  

Novamente, é crucial  manter a voz da sua marca consistente em todos os canais de marketing. Do e-mail ao seu site, passando pelas mídias sociais, você deve sempre usar o mesmo tom e estilo de linguagem.

POSICIONAMENTO

Posicionamento é como você diferencia sua marca de outras no cenário competitivo. O seu posicionamento deve ser baseado no ponto de vista do consumidor e sua estratégia de marketing deve se adequar a ele. 

PROMESSA

A promessa é o que você vai entregar aos seus clientes – sempre . Seja pelo representante, em sua declaração de missão, ou na mensagem pública. É o que os clientes esperam quando se envolvem com sua marca e se materializa por meio de produtos ou serviços.

PÚBLICO

Seus clientes definem sua marca. Essa influência é desenhada quando você define um público-alvo e estuda as preferências dos seus potenciais clientes.

Lembre-se que os consumidores que têm gostos semelhantes tendem a ser leais às mesmas marcas. Portanto, escolher o público certo é importante para influenciar outros de perfil semelhante. 

HISTÓRIA

Mesmo que você seja uma startup iniciante, tem uma história por trás da sua marca. Essa história influencia na sua missão e valores e, portanto, na sua marca. A história também estabelece credibilidade e tem capacidade de provocar sentimentos.

Como definir sua marca empresarial?

Criar uma marca começa pela identificação de valor da sua startup e do seu público alvo. Já melhorar a identidade começa com a compreensão da sua identidade de marca atual.

Seja qual for o caso da sua startup, aqui estão sete dicas para ajudá-lo a definir sua marca empresarial:

Passo 1:  Defina o porquê sua empresa existe

Esta é uma pergunta que você deve se fazer todos os dias como empresário ou investidor.

Os melhores negócios seguem o conceito “Golden Circle”; eles se concentram no “porquê” por trás de seus negócios, e não no que fazem ou como o fazem.

Todas as empresas sabem o que estão criando, mas muito poucas entendem por que criam seus produtos e serviços para além do lucro.

Em outras palavras, sua marca deve imprimir claramente sua declaração de missão e visão.

Passo 2: Entenda como contar a história da sua marca

Contar uma história é uma forma poderosa de construir relacionamentos com seus clientes. É uma prática antiga que une as pessoas e as mantém engajadas.

Ao contar sua história, é essencial enfatizar o herói na história de sua startup: a pessoa que teve sucesso por causa de sua empresa, seja um indivíduo específico ou uma persona que você criou.

Os consumidores não querem apenas ouvir por que você criou sua empresa, eles querem saber como sua empresa ajudou outros como eles a se tornarem bem-sucedidos.

Passo 3:  Descubra quais problemas você ajuda seus clientes a resolver

Entenda o máximo que puder sobre o comportamento, necessidades e desejos de seu público-alvo e descubra quais preocupações eles podem ter sobre um produto específico ou o próprio setor.

Você pode, por exemplo, entrevistar seus clientes em potencial para entender como você pode criar uma solução melhor para essas dores. Você pode se surpreender ao encontrar informações importantes sobre o seu mercado antes da concorrência.

Passo 4: Encontre seus diferenciais

É fundamental compreender quem você está enfrentando, mas também entender o que o torna excepcionalmente melhor do que cada um desses concorrentes.

Outras empresas podem ter uma deficiência em áreas específicas nas quais você se destaca, ou talvez você ofereça um conjunto diversificado de serviços que ninguém mais oferece.

Procure responder a pergunta: o que faz com que os clientes comprem seus produtos em detrimento dos de um concorrente? Uma boa forma de fazer isso é executando uma análise SWOT para determinar o que sua empresa faz melhor do que cada um de seus concorrentes.

Passo 5: Procure suas Referências

Olhar para marcas que o inspiram, sejam concorrentes ou grandes potências do setor,  pode dar uma ótima visão dos valores que são mais cruciais para sua marca e a melhor maneira de implementá-los adequadamente em sua startup.

Você não precisa copiá-los completamente, mas pode pegar algumas de suas ideias e transformá-las. Por exemplo, muitas empresas admiram a Apple por sua ênfase na individualidade e na singularidade.

Passo 6: Considere a visão dos seus funcionários  

As percepções de seus funcionários sobre o seu negócio geralmente são muito diferentes das suas, e dão a você a melhor perspectiva de como aqueles que estão imersos em sua marca se sentem em relação a ela.

Descubra o que seus funcionários veem na marca da startup. Pode ser através de pesquisa ou reunião. A partir das características que os funcionários mais atribuem a sua marca, você poderá avaliar se as percepções que ela expressa são mesmo as que você gostaria. 

Passo 7: Defina a voz da nossa marca

A voz da sua marca é o coração e a alma das suas comunicações. É o tom em que você fala e se conecta com seu público. Identificá-la te ajudará a se comunicarem adequadamente em artigos de blog, mídias sociais, campanhas de marketing,etc.

Seja autoritária, informativa, divertida ou séria, sua voz deve ser 100% autêntica. Encontre a voz que melhor combina com as características da sua marca e implemente-a em tudo o que sua equipe cria.

Definir sua marca empresarial pode ser difícil. No entanto, encontrar e manter uma identidade de marca consistente ajudará você a construir uma forte base de seguidores entre consumidores e funcionários. Assim como atrair novos investidores e garantir o sucesso da sua startup.

Se você deseja saber mais sobre como definir sua marca empresarial e outras estratégias de negócios, entre em contato com o time de especialistas Booming.

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Como Investir no Mercado Imobiliário? Conheça as Construtechs e Condotechs

Aplicar em imóveis pode representar excelentes retornos a longo prazo. Mas, você sabe como investir no mercado imobiliário?

Muitos investidores já possuem aplicações imobiliárias em seu portfólio. Mas adicionar outros investimentos desse setor pode ajudá-lo a diversificar seu portfólio e protegê-lo da volatilidade do mercado de ações.

Para quem está iniciando no mundo dos investimentos esse pode ser um ótimo setor para começar.

A seguir, confira algumas formas de investir no Mercado e conheça melhor as Construtechs e Condotechs, que são tendência para o segmento.  

As melhores formas de investir no Mercado Imobiliário

Há uma grande variedade de formas de investir em imóveis, desde a posse de imóveis para aluguel até o financiamento de startups de tecnologia do setor, as chamadas Construtechs e Condotechs.

A seguir, confira as formas mais comuns de investir no Mercado Imobiliário:

1. REITs (Real Estate Investment Trusts)

Primordialmente, muitas vezes comparados aos fundos mútuos, os REITs são empresas que possuem imóveis comerciais, como prédios de escritórios, espaços de varejo, apartamentos e hotéis. Eles permitem que você invista em imóveis sem os imóveis físicos. 

Os REITs tendem a pagar altos dividendos. Os investidores que não precisam ou não querem retirar os rendimentos podem reinvestir automaticamente esses dividendos para aumentar ainda mais seu investimento.

Os REITs são um investimento variado e complexo. Alguns são negociados na bolsa como uma ação. Outros não são negociados publicamente. Os novos investidores geralmente devem se ater a REITs negociados publicamente, que você pode comprar por meio de corretoras.

2. Crowdfunding Imobiliário

O Crowdfunding Imobiliário é uma estratégia que permite às startups levantar capital de um grande grupo de investidores. É feito através de plataformas online que proporcionam um ponto de encontro/mercado entre promotores imobiliários e investidores interessados.

Em troca de seu dinheiro, os investidores recebem dívida ou patrimônio em um projeto de desenvolvimento e, em casos de sucesso, distribuições mensais ou trimestrais.

Nem todas as plataformas de crowdfunding imobiliário estão disponíveis para todos: muitas são reservadas para investidores credenciados, ou seja, empresas e/ou indivíduos altamente experientes.

Por meio desses sites, você cria uma conta e seleciona uma estratégia de portfólio com base em seus objetivos, com corretores diversificando seu dinheiro em uma série de fundos de investimento. Você também pode selecionar investimentos por conta própria, acompanhando seu progresso por meio de um painel online em tempo integral.

Apesar de sua conveniência, as ofertas de crowdfunding apresentam riscos consideráveis. Como investimentos privados, eles não são vendidos tão facilmente quanto outros títulos negociados publicamente, como ações.

Assim, pense em seus fundos a longo prazo. Recomenda-se que os investidores tenham um horizonte de tempo de pelo menos cinco anos, por exemplo.

3. Fundos de Investimento Imobiliário

Os fundos de investimento imobiliário são ideais para pessoas que desejam possuir imóveis de aluguel sem os aborrecimentos de administrá-los. Contudo, investir nesses fundos requer um colchão de capital e acesso a financiamento.

Esses fundos mútuos investem em imóveis para aluguel.

Em um típico grupo de investimento imobiliário, uma empresa compra ou constrói um conjunto de blocos de apartamentos ou condomínios e permite que os investidores os adquiram por meio da empresa, juntando-se assim ao grupo.

Um único investidor pode possuir uma ou várias unidades de espaço habitacional independente, mas a startup que opera o grupo de investimento gerencia coletivamente todas as unidades, cuidando da manutenção, anunciando vagas e entrevistando inquilinos.

Em troca da realização destas tarefas de gestão, a empresa recebe uma percentagem da renda mensal.

Um arrendamento padrão de grupo de investimento imobiliário está em nome do investidor e todas as unidades compartilham uma parte do aluguel para se proteger contra vagas ocasionais. Assim, você receberá alguma renda mesmo que sua unidade esteja vazia.

Essas são algumas das opções mais comuns para investir no mercado imobiliário, além do tradicional investimento em imóveis próprios para aluguel ou ainda o aluguel por temporada, através de plataformas e aplicativos.

Conheça as Construtechs e Condotechs

Um setor que tem se mostrado uma tendência bastante promissora no mercado imobiliário são as startups de Tecnologia da Construção, as chamadas Construtechs e Condotechs.

Os conceitos de construtech e condotech vem ganhando um destaque significativo no Brasil ao longo dos últimos anos. Esse fenômeno é reflexo da evolução do ecossistema de inovação no segmento, assim como da popularização que ocorreu em outros países como  EUA, Reino Unido, Alemanha, China, entre outros.

Para se ter uma ideia do crescimento deste tipo de startups no Brasil basta considerar que, em 2018 elas representavam 3.5% do total de iniciativas ativas no país. Já em 2020 esse número chegou a 5.5%. Isso demonstra uma forte expansão vertical do setor.

A grande expansão das Construtechs e Condotechs reflete, naturalmente, no crescimento da atenção de investidores para o segmento. Dados da Sling Hub indicam que  o volume de investimentos nesse tipo de startups saltou de pouco menos de R$ 500 milhões em 2018 para mais de R$ 1.8 bilhões em 2019.

Como investir no Mercado Imobiliário de Construtechs e Condotechs?

Como você deve ter concluído, investir em startups no setor da tecnologia da construção e mercado imobiliário pode ser uma excelente iniciativa e proporcionar retornos grandiosos.

Contudo, assim como funciona em todos os tipos de investimento, esse mercado envolve riscos. Nesse sentido, o ideal para quem quer começar a se  aventurar nesse setor, é ter uma boa compreensão de como funciona o universo de venture capital.

Entre os conhecimentos desejáveis está, por exemplo, o entendimento do nível de risco que se está disposto a correr. Ainda é necessário estabelecer uma estratégia de portfólio e analisar os prós e contras de fazer investimento direto.

Por outro lado, você pode optar por investir através de um fundo, contando com a consultoria de especialistas nesse tipo de negócios. Avaliar essas condições e a forma como investir no mercado imobiliário são primordiais para reduzir a chances de você desperdiçar recursos.

Desse modo, se você deseja saber mais sobre como investir no Mercado Imobiliário, entre em contato com o time de especialistas Booming e descubra como podemos te ajudar.

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O que é PropTech? E Tecnologia Imobiliária?

PropTech é uma abordagem inovadora para o setor imobiliário. São tecnologias que visam otimizar o processo de pesquisa, aluguel, compra, venda e administração de imóveis.

Até bem pouco tempo, o setor imobiliário era considerado bastante convencional. Contudo, as chamadas Prop Techs têm mudado esse cenário.

Muitas vezes chamada de novo motor de inovação e poder de ruptura, a Tecnologia da Propriedade também é considerada a solução para escritórios imobiliários que sofrem com pilhas de papelada e muitos registros desmontados em várias planilhas.

Desse modo, continue a leitura e entenda melhor sobre este setor que é uma importante tendência no mundo dos investimentos.  

PropTech: o que é?

PropTech ou tecnologia de propriedade, é um movimento do mercado imobiliário direcionado a criação de sistemas eficientes baseados em tecnologias digitais.

Os sistemas desenvolvidos buscam otimizar todos os processos do setor imobiliário, beneficiando desenvolvedores, investidores e empresas de administração de propriedades. Ou seja, as ferramentas são usadas para otimizar a maneira como as pessoas compram, vendem, pesquisam, comercializam e gerenciam uma propriedade.

As startups de Tecnologia Imobiliária são todas aquelas que estão tentando tornar este setor melhor, mais eficiente e mais fácil de navegar para todas as partes envolvidas.

Uma das preocupações imobiliárias mais frequentes é a falta de acessibilidade e de unidades habitacionais. A ascensão desse setor considera a necessidade de uma mudança tecnológica e mental exigida do setor imobiliário para enfrentar os problemas de seus consumidores.

Tipos de Proptech

Existem dois seguimentos dentro do setor de Proptech

1. Tecnologia de Propriedade Residencial

Residencial Property Tech são todos os produtos digitais desenvolvidos por empresas de tecnologia imobiliária para facilitar a forma como as pessoas possuem ou alugam apartamentos e casas, por exemplo, plataformas de aluguel de curto prazo, como Air BnB ou Quinto Andar.

As Tecnologias de Propriedade Residencial incluem:

  • Plataformas de pesquisa de propriedades (listagem e marketplaces, ferramentas de agentes imobiliários, etc.);
  • Ferramentas de venda de propriedades;
  • Ferramentas de financiamento (credores e corretores digitais, financiamento alternativo, etc.);
  • Software de empréstimo hipotecário (aplicação e gerenciamento de empréstimo);
  • Ferramentas de Fechamento Imobiliário (seguros, ferramentas de gerenciamento de transações);
  • Sistemas de Gestão de Empréstimos (securitização de empréstimos, etc.).

2. CRE Tech – Tecnologia de Propriedade Comercial

A CRE Tech ou Tecnologia de Propriedade Comercial abrange todas as ferramentas inovadoras desenvolvidas para empresas e profissionais individuais usarem para administrar, pesquisar, alugar e vender ativos de escritórios, industriais e de varejo com eficiência.

Um exemplo de startups de CRE Tech são os marketplaces para corretores como o Loop Net.

O seguimento CRE Tech compreende:

  • Plataforma de Pesquisa de Propriedade (listagem e Marketplaces, CRM, etc.)
  • Ferramentas de Planejamento e Gerenciamento de Construções
  • Ferramentas de avaliação e financiamento (subscrição e gestão de transações, plataformas de financiamento de dívidas, etc.)
  • Ferramentas de gerenciamento de propriedade (ferramentas com tecnologia Internet das Coisas);
  • Utilização de ativos (gestão de espaços de coworking e co-living, gestão de edifícios comerciais e industriais, etc.)

Como a tecnologia da propriedade vem mudando o setor imobiliário

A ascensão da Proptech trouxe inovação para a rotina diária de quase todos os players do mercado imobiliário, incluindo proprietários, inquilinos, investidores, corretores, etc.

Para um corretor, a adoção das soluções Proptech significa:

  • Coleta de dados mais fácil e marketing orientado por IA para rastrear e avaliar os processos de desenvolvimento, investimento, leasing, compra e venda. Além do potencial cada vez maior do Proptech Big Data Analytics para estruturar e documentar grandes conjuntos de dados;
  • Automação da papelada e redução de custos para agilizar seus processos de backoffice de corretagem, economizando tempo e recursos em tarefas mais importantes, como pesquisa de mercado, comunicação com clientes e fechamento de negócios;
  • Transações remotas seguras e contratação digital para uma experiência de compra mais rápida e fácil;
  • Engajamento digital direto e contato físico reduzido para limitar as interações físicas com superfícies de alto uso e pessoas. Desde o início do Covid-19, as soluções sem contato da Proptech, como reconhecimento facial e de toque, tornaram-se o novo normal no mundo digital.

O que as mudanças incluem

As tecnologias da propriedade também mudaram a forma como os proprietários e inquilinos interagem. As mudanças para ambas as partes incluem:

  • Informações detalhadas 24 horas por dia, 7 dias por semana, sobre como os inquilinos utilizam o espaço, habilitado por redes de dispositivos inteligentes e sensores (IoT). Os proprietários de imóveis não precisam ir e verificar suas propriedades pessoalmente, pois todos os dados sobre segurança e manutenção do prédio estão disponíveis em uma tela móvel.
  • Comunicação de qualidade com lojistas, equipes de manutenção e quaisquer outras partes envolvidas.
  • Inspeções residenciais, visitas a casas e visitas fazem a transição para o mundo virtual, o que significa que proprietários e inquilinos podem fazer tudo isso no conforto de suas casas.

Já para os investidores imobiliários, podemos citar como benefícios:

  • Planejamento assertivo da construção para reduzir, se não eliminar, a chance de erros críticos ou não cumprimento de um prazo, o que pode resultar em milhões perdidos;
  • Pesquisa de mercado aprimorada para rastrear as oportunidades de desenvolvimento, investimento, leasing, compra e venda;
  • Garantir contratos sem “intermediários” que possam ter interesses desalinhados no processo de compra e venda de imóveis.

Tendências para Startups em Tecnologia Imobiliária

O setor imobiliário sempre foi um estranho no mundo da inovação e tecnologia, mas esse cenário vem mudando, especialmente na última década.

Confira 5 tendências de Tecnologia em móveis que representam o futuro para as startups de PropTech:

1. Big Data e digitalização de dados da propriedade

Big Data consiste em coletar e analisar dados históricos e em tempo real sobre todos os tipos de propriedades, desde residências até instalações corporativas complexas e telecomunicações.

Com dados estruturados, startups e corretores de imóveis individuais da Proptech podem obter informações precisas sobre preços, tendências de valor de imóveis e até mesmo riscos e falhas em potencial.

2. IA para automação de processos

A Inteligência Artificial ajuda a tornar os dados mais acionáveis. Isso inclui desde a funcionalidade a previsão de pesquisas até a geração automática de sequências de e-mail personalizadas para clientes.

3. Realidade Virtual para uma melhor experiência de pesquisa online e compra de casa

A Realidade Virtual é uma das mais fortes tendências em PropTechs. A aplicação de VR para o seguimento pode variar, desde visitas virtuais de propriedades a soluções de realidade aumentada para adicionar móveis digitalmente ao interior existente.

4. Internet das Coisas (IoT)

A Internet das Coisas (IoT) refere-se a uma rede “inteligente” de dispositivos e sensores que estão constantemente enviando e recebendo informações sobre um edifício para rastrear seu estado geral e prever falhas.

Por exemplo, os proprietários podem monitorar a temperatura, a segurança e a manutenção de um prédio por meio de dispositivos móveis e computadores.

5. Tecnologias de construções sustentáveis

À medida que adotamos as novas formas de construção verde, focadas na construção de casas sustentáveis ​​e energeticamente eficientes, os aparelhos modernos também estão ficando mais inteligentes, com geladeiras, máquinas de lavar roupa, lava-louças etc.

O PropTech é um setor que tem se mostrado bastante promissor e apresenta uma grande diversidade de oportunidades.  Contudo, para os interessados em investir no setor, seja financiando uma startup, seja captando recursos, assim como em qualquer segmento, o mais seguro é contar com uma consultoria especializada.

Desse modo, se você deseja investir ou captar recursos no segmento PropTech, entre em contato com o time de especialistas Booming e descubra como podemos te ajudar.

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Inovação

Health Tech: O que é e quais suas possibilidades

A Health Tech, ou Tecnologia da Saúde, inclui produtos e serviços destinados aos cuidados de saúde, fornecidos a hospitais e clínicas ou diretamente ao consumidor.

A exigência por mais facilidade de acesso e flexibilidade é um movimento que tem crescido em quase todos os setores. No setor da saúde, essa exigência, que já vinha crescendo, se tornou uma necessidade com a Pandemia de Covid-19.

A crise sem precedentes causada pela pandemia, desencadeou respostas em larga escala por parte de governos e empresas. Também inaugurou uma nova dependência: a prestação de cuidados virtuais, bem como inovações nas tecnologias de saúde como um todo. Com isso, explodiu o número de Health Techs – empresas de tecnologia da saúde.

Em seguida, confira mais sobre essas startups e as tendências para o mercado de Health Tech.  

O que é Health Tech?

Health Tech é o segmento que mais cresce no setor de saúde. São empresas de Tecnologia que desenvolvem soluções em saúde.

Essas soluções incluem produtos e serviços de saúde que podem  ser entregues ao consumidor, em sua casa,  ou a hospitais e consultórios médicos.

As empresas de tecnologia de saúde também podem fornecer soluções em mobilidade e outras tecnologias de informação para melhorar a prestação de serviços de saúde e reduzir custos, tanto para os sistemas de saúde quanto para o consumidor.

Um exemplo são  empresas que oferecem tecnologias para salas de exames que envolvem os pacientes enquanto esperam para ver seu resultado. Outro exemplo, são as empresas que oferecem consultas por telemedicina.

Nesse sentido, as Empresas de Tecnologia de Saúde geralmente visam otimizar os cuidados de saúde centrados no paciente por meio de soluções como computação em nuvem, serviços de Internet e mobilidade social.

Possibilidades e Tendências em Health Tech

Assim como já dissemos, as Startups que atuam com Tecnologia da Saúde podem trabalhar soluções tanto para atender diretamente as pessoas, como as instituições de saúde.

A seguir, separamos algumas áreas que têm crescido no setor da Health Tech e que atende aos diferentes públicos.

Descoberta de medicamentos com Inteligência Artificial

As startups dessa área estão experimentando inteligência artificial para pesquisar e descobrir novos produtos farmacêuticos e terapias medicamentosas.

Isso, pois os sistemas de IA são capazes de filtrar milhões de compostos químicos diferentes e isolar os candidatos mais promissores em uma fração do tempo que tradicionalmente levaria pesquisadores humanos.

Tecnologias Assistivas

A Tecnologia Assistiva inclui qualquer item, equipamento, software ou produto que é usado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais de pessoas com deficiência.

Embora a tecnologia assistiva já exista há algum tempo, uma nova onda de startups está usando tecnologias emergentes como Realidade Virtual (VR), Realidade Aumentada (AR), Inteligência Artificial (IA) e robótica para impulsionar a inovação e oferecer soluções mais atraentes para indivíduos com deficiências.

Tecnologia em Saúde Mental

Esta área abrange startups que desenvolvem soluções de software e hardware para capacitar os indivíduos a cuidar melhor de sua saúde mental. Assim como soluções que permitem que os profissionais monitorem melhor a saúde mental de seus pacientes.

Com a pandemia, as startups de saúde mental viram um aumento na demanda. Isso porque, a média de horas gastas em aplicativos de saúde mental e fitness aumentou de forma significativa.

Entre as soluções nessa área estão aplicativos para ajudar os usuários a meditar, procurados tanto pelos clientes individuais quanto corporativos, que querem  garantir que os produtos de saúde mental estejam disponíveis para os funcionários.

Tecnologia do Sono

As soluções pensadas pelas startups nessa área, como bem explícito no nome, engloba uma variedade de tecnologias para melhorar a qualidade do sono de uma pessoa.

Nesse sentido, exemplos de tecnologia do sono incluem sensores de rastreamento, colchões inteligentes e faixas de monitoramento do sono.

Robótica médica

Robótica médica refere-se a robôs usados ​​em ambientes de saúde, com o benefício de fornecer serviços de forma mais precisa e segura do que os médicos humanos poderiam.

As aplicações incluem cirurgias, reabilitação, telepresença, transporte e atendimento geral ao paciente.

Exoesqueletos médicos e próteses

Startups de exoesqueletos médicos e próteses estão desenvolvendo próteses que são acionadas mecanicamente, bem como exoesqueletos que são usados ​​para fins médicos, como reabilitação.

Esses dispositivos oferecem uma amplitude de movimento e atividade muito maior do que suas versões mais antigas. Eles permitem que indivíduos com deficiência física experimentem uma maior qualidade de vida.

Telemedicina

Esta área consiste no uso de tecnologias para monitoramento de pacientes, troca de informações médicas e análise de resultados de diferentes exames. Se constitui um importante apoio para a medicina tradicional.

A telemedicina é a área da Health Tech que mais se destacou no Brasil. Um ranking elaborado pela Sling Hub mostra que as empresas de Tecnologia em Saúde que mais atraíram investimentos no país foram startups que prestam esse serviço.

O cenário para as Health Techs

Nos últimos anos, especialmente em 2021, esse segmento registrou um recorde global com 51,3 Bilhões de dólares investidos em tecnologia de saúde.

Analogamente, a pandemia do COVID-19 potencializou o investimento neste setor que já vinha crescendo,  com novos recordes de financiamento alcançados para startups que usam a tecnologia para melhorar a pesquisa, a entrega, o pagamento e o consumo de cuidados de saúde.

No Brasil, as oportunidades de crescimento também foram muito grandes e fizeram com que os números de Health Techs em 2021 disparassem.

De acordo com um levantamento feito pela plataforma Sling Hub, que mapeia dados de startups na América Latina,  apontou que até outubro de 2021, as Health Techs arrecadaram  344,3 milhões de dólares em investimentos, um aumento de 329% em relação a 2020.

O número de startups também aumentou de forma bastante significativa,  passando de 542 em 2020 para 1.158 em 2021. Outro crescimento expressivo foi o total captado por rodada de investimento no período. O valor saltou de 1,6 milhão de dólares em 2020 para 8,3 milhões em 2021, uma alta de 423%.

Portanto, a vista de um cenário animador desses, faz com que especialistas apontem que em breve o Brasil terá um unicórnio neste segmento.

Conclusão

Como os números indicam, o Health Tech é um segmento que tem se mostrado bastante promissor e que tem até sido apontado como “a bola da vez” no mundo dos investimentos, inclusive no Brasil.

Porém, para os interessados em investir em Health Tech, seja financiando uma startup, seja captando recursos, assim como em qualquer segmento, o mais seguro é contar com uma consultoria especializada. Assim, se você deseja investir ou captar recursos no segmento da  Health Tech, entre em contato com o time de especialistas Booming e descubra como podemos te ajudar.

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Product Led Growth como estratégia de crescimento

Product Led Growth

Destacar um produto ou serviço no mercado é uma meta complexa para startups. Para atingir uma receita consistente, é preciso elaborar um produto que converse com as necessidades do cliente e o seu job to be done. Além disso, ouvir os feedbacks dos usuários é sempre essencial para entender como vender o seu produto e desenvolver uma estratégia eficaz. 

O relacionamento entre o consumidor e uma empresa é fundamentado em seus produtos ou serviços. A interação que o consumidor tem com um produto pode dizer muito sobre o valor intangível que uma empresa oferece. Nesse sentido, a PLG (Product Led Growth) se mostra como um instrumento de extrema importância para gerar bons resultados em vendas. Especialmente, quando falamos da comercialização de uma tecnologia digital.

A PLG coloca o produto no topo das prioridades, com o intuito de servir o cliente da forma mais completa e eficiente possível. Esta estratégia de negócios tem como objetivo aprimorar a maneira como a renda de um negócio é gerada. 

Empresas com um modelo de negócios Saas (Software as a service), como a Dropbox, Zoom e Slack utilizam com sucesso a PLG como estratégia para escalar os seus negócios. Nestas organizações, o produto é a peça responsável por gerar crescimento constante, através da satisfação dos consumidores.

O que é a PLG (Product Led Growth) exatamente?

A PLG é uma estratégia de entrada no mercado (go-to-market) que foca no usuário final e se baseia primordialmente no produto para gerar valor. Comumente, empresas alinham o seu foco nas vendas, direcionando o consumidor para aquisição e só depois para o consumo. A estratégia de Product Led Growth reverte o caminhar deste processo. 

Nesta metodologia, o produto é o principal encarregado de motivar a aquisição, retenção e expansão dos usuários. 

Como isso acontece? Neste regime, o consumidor experimenta o serviço de um plano gratuito ou de custo baixo. Enquanto o usuário conhece a ferramenta e percebe seu valor, identifica a necessidade de evoluir para um plano superior (que é pago) ao que ele já usa.

Você já pode ter ouvido falar desse tipo de assinatura, conhecida como “freemium”. Esse método promove a chance de testar o produto e encantar os clientes, com a entrega de um item de alta qualidade, ou seja, alto valor. Ainda, esta é uma excelente forma de qualificar leads, familiarizando o usuário com o produto e o tornando um possível promotor da marca após a aquisição. 

O conceito de PLG surgiu em 2016 e foi criado pelo investidor e sócio da OpenView Ventures, Blake Bartlett. 

De acordo com Bartlett “O poder de compra do software empresarial mudou e os usuários finais são os novos guardiões. Eles desejam uma jornada do cliente que comece com o self-service baseado no produto (product-led), em vez de conversas de vendas conduzidas por humanos (human-led).” 

A chave para o funcionamento dessa estratégia é a entrega de um produto tão bem elaborado que ele acaba se tornando parte da rotina diária dos usuários. De modo que cria-se a necessidade de fazer um upgrade para um plano com mais funcionalidades. Este processo diminui o número de cancelamentos dos planos e por consequência a taxa de churn de uma startup.

O conceito da PLG como estratégia de crescimento impacta diferentes questões, como a estratégia de precificação por trás do produto, a maneira como o marketing é conduzido e como o relacionamento com os potenciais clientes é abordado pelo atendimento do negócio.

Falando em atendimento, dentro dessa estratégia é primordial que o usuário consiga acessar o item ofertado e o auto-atendimento com facilidade. Não se deve esquecer em momento algum que o produto é o foco do negócio e sua utilização deve ser fácil. Em outras palavras, é preciso investir em UX para implementar a LPG de maneira produtiva.

Os 3 pilares do Product Led Growth

1. Desenvolvimento focado no usuário final

Dentro deste modelo, os usuários estão no comando. Estes users são pessoas reais com a necessidade de resolver problemas reais com urgência. É preciso colocar as necessidades do público como principal prioridade, ouvir seus feedbacks e se comprometer a fazer melhorias consistentes em seu produto para resolver esses problemas de modo  eficaz.

Por isto, como já havia citado no começo deste artigo, entender o trabalho a ser feito é indispensável ao projetar para o usuário. Assim, você compreende o que fazer, para quem fazer e como personalizar, se possível. 

2. Agregue valor antes de esperar valor em troca

Uma relação de qualquer natureza envolve o processo de dar e receber. Por isso, empresas voltadas para o produto priorizam modelos de avaliação gratuita, freemium, ou qualquer outro formato de oferta que permita aos usuários o acesso de alguns ou todos os produtos antes de precisarem pagar.

Entretanto, para que o cliente efetue o pagamento pelo produto, é preciso que no curto de espaço de tempo geralmente determinado para períodos de teste, o seu produto resolva um problema. Ou leve-o ao “aha moment”, onde o consumidor final entende exatamente como o software de um negócio irá facilitar o seu dia-a-dia.

Dessa forma, este processo envolve não apenas a criação de recursos e funcionalidades que dão densidade a esse valor, assim como a remoção de coisas que desviam ou criam barreiras para alcançar o valor central determinado.

3. Investimento no produto com intenção de entrada no mercado

Inicialmente, os custos da criação de um software costumam ser mais caros que a entrega de serviços profissionais. Entretanto, apenas para o primeiro cliente. Depois que o software está finalizado, o custo para entregar o mesmo valor para outros usuários é quase zero. O que dá ao investimento um alto potencial de lucro. 

Do mesmo modo, é o que ocorre com o custo de por produto no mercado. O custo de distribuição de software, capacitação de usuários e clientes e captura de valor usando software é muito menor do que a utilização do mesmo produto com serviços profissionais.

Aplicar essa percepção em sua estratégia de entrada no mercado, investindo no produto com a intenção de impulsionar a aquisição, conversão e expansão é o segredo para a eficiência.

Este impulsionamento pode ser realizado através de:

  • Investimento em dados robustos do produto que permitem às equipes rastrear, medir e analisar o comportamento do usuário.
  • Construção de um cargo profissional ou equipe de crescimento responsável por garantir que o produto aprimore sua própria distribuição, capacitação e capacidade de assegurar retornos.
  • Execução de experimentos para entrada no mercado que levam a melhorias complementares na jornada do usuário.

Aplicando a PLG como estratégia de crescimento

Como já disse no decorrer deste texto, a estratégia PLG tem como foco a entrega de um produto de alto valor, ao ponto em que o uso deste se torne essencial na rotina do usuário. Deste modo, o consumidor final identifica a necessidade de fazer um upgrade no seu plano e assim realiza uma aquisição. E já sabemos que para isto acontecer é preciso que o acesso ao produto seja descomplicado, bem como a sua usabilidade, certo?

Além disso, é preciso planejar. Existem algumas etapas que podem ser seguidas para garantir a entrega de um produto com alto valor:

  • Defina metas para a estratégia PLG
  • Determine funções e responsabilidades da equipe que desenvolverá o produto
  • Faça uma auditoria no software desenvolvido
  • Implemente modelos de coleta de dados
  • Faça testes e experimentações
  • Execute essa abordagem em ciclos, assim como em um MVP: analise, aprenda, teste e repita para continuamente otimizar o seu produto.
  • Estruture o seu funil de marketing para gerar interação com o produto (e não com times).

Ao organizar o processo de transição para essa estratégia, você será capaz de visualizar pontos importantes que podem ser aprimorados no seu produto e na sua entrega. Sobretudo, entender quais as decisões a serem tomadas para alcançar os seus objetivos e metas.

5 métricas para acompanhar:

Como em todas as estratégias de crescimento, é necessário mensurar e avaliar resultados. Segue abaixo, algumas métricas para acompanhar de perto e analisar o desempenho do seu negócio ou produto.

1. Aquisição:

Número de usuários que se inscrevem para um período de testes ou um plano gratuito. 

2. Ativação (ou conversão)

Representa a taxa de usuários que identificaram valor no produto e decidiram optar por uma versão paga dele.

3. Receita

A receita é o valor total gerado a partir de conversões e pode ser mensurada através da receita mensal recorrente, receita média por usuário e entre outras opções. Procure a fórmula adequada para o seu modelo de negócio.

4. Retenção

Representa o número de usuários que continuamente usam ou pagam pelo seu produto e geralmente é mensurada por mês, mas pode ser calculada por períodos de tempo maiores. 

Dentro das métricas associadas à retenção, a LTV (Life Time Value) tem ênfase, pois informa o valor vitalício do cliente. 

5. Referência

Como já foi citado anteriormente, os usuários podem se tornar promotores do seu produto. Por isso, na PLG a propaganda boca a boca é muito importante. Esta métrica representa o número de usuários que conseguiram recrutar novos clientes para o seu produto com sucesso.

Quais os benefícios de usar a PLG como estratégia de crescimento?

Continue a leitura para entender alguns dos benefícios:

Eficiência

Com uma estratégia voltada para o produto, você gera um ciclo de desenvolvimento que deposita esforços na melhoria contínua dele. O que aumenta a eficiência de processos operacionais, diminuindo atritos e confusões. 

Por termos a análise de dados focada no cliente dentro desta estratégia, encontrar as funções e solucionar problemas que atendem os desejos dos clientes se torna um processo de maior objetividade. 

Atração de leads adequados

Ao colocar o produto no centro da estratégia, a satisfação do cliente é potencializada, à medida que as soluções entregues são altamente compatíveis com as suas necessidades. O que por consequência, atrai leads com maior adequação ao produto. 

Além disso, de modo geral, a estrutura criada com a PLG permite a fidelização dos clientes devido ao alto nível de valor agregado.

Aumento no valor do negócio

Segundo um levantamento da OpenView as empresas que empregam a Product Led Growth possuem valor de mercado 30% maior do que as outras. 

Isso acontece porque essa estratégia traz diversos benefícios, ajudando negócios tecnológicos a se posicionarem de forma assertiva no mercado. Portanto, é possível que a estratégia PLG traga o crescimento rápido comparada às estratégias tradicionais.

Crescimento sustentável

No crescimento pautado no produto, os resultados atingidos são duradouros e geram poucos contratempos, à medida que o ciclo de crescimento beneficia para o aprimoramento constante do item criado.

Com uma estratégia de Product Led Growth, empresas são capazes de atrair usuários qualificados em maior quantidade, além de retê-los devido ao alto nível de entrega de valor. Esse processo acaba promovendo o aumento da relevância de um negócio com o passar do tempo, de forma sustentável.

Do mesmo modo, o produto ofertado é posicionado no mercado de forma assertiva, fundamentado nos feedbacks de usuários satisfeitos. 

É importante lembrar que não existe fórmula mágica. Ser uma empresa competitiva com uma estratégia de crescimento PLG leva tempo, planejamento, conhecimento do mercado e persistência.

Gostou do conteúdo? Tem dúvidas sobre a estratégia Product Lead Growth? Entre em contato conosco e compartilhe as suas experiências nos comentários e responderemos!

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Inovações na Construção Civil: Como startups atuam para modernizar o setor

Criar inovações na Construção Civil tem sido um desafio abraçado por muitas startups, visto que, apesar de ser um um dos setores mais importantes da economia brasileira, esse ainda é um dos que menos investe em tecnologia.

Segundo dados do DIEESE, a participação da Construção Civil no PIB brasileiro já chegou a 6,5% em 2012 e, mesmo com a queda para 3,7% em 2020, esse ainda continua sendo um setor bastante representativo para a economia do país.

Por outro lado, uma pesquisa do McKinsey Global Institute (2016) mostrou que, de todos os setores da economia, a construção civil era o segundo que menos usava tecnologias digitais (mais apenas que caça e pesca). O problema se traduz em perda de eficiência, desperdícios, enfim, perdas econômicas.

O processo de reinvenção da construção civil passa, dentre outros fatores, pelo surgimento de startups ligadas ao setor. Descubra então como esses empreendimentos têm atuado para as inovações no setor.

Tipos de startups que atuam em inovações na construção civil

O setor imobiliário ganhou alguns termos: PropTech (Propriedade), ReTech ou Real Estate Tech (Real Estate), ConTech ou Construtech (Construção). No setor da Construção Civil se destacam as Proptech e as Construtech.

Além disso, a área com maior quantidade de construtechs atuantes é o de aluguel, compra e venda de imóveis, com aproximadamente 29% das startups.

Em segundo lugar vem o setor que envolve o canteiro de obras com 16%, seguido pelo setor de reformas e interiores com 10%. Estes três setores representam 55% do total de construtechs atuantes no mercado nacional.

Proptech

São startups que representam uma revolução no mercado imobiliário, uma vez que promovem inovações em torno de uma propriedade imobiliária por meio de negócios de base tecnológica.

Em outras palavras, essas inovações visam aprimorar processos já existentes e criar novos processos. Dentre as inovações que as Proptechs estão trazendo para o setor imobiliário, estão:

  • Inteligência Artificial: Agiliza o processo de venda de imóveis com processamento da linguagem e reconhecimento de imagem que podem rapidamente digitalizar documentos de compra e venda e importar os dados para uma plataforma CRM. Não apenas isso, ele também automatiza as comunicações entre agente e potenciais clientes, por meio da validação dos dados, da automação da comunicação e dos fluxos de trabalho dentro de um sistema de CRM.
  •  Blockchain: Esta tecnologia adiciona liquidez ao mercado imobiliário e permite que as transações imobiliárias se realizem por meio de um sistema simples e menos regulado.
  • Realidade virtual e aumentada: As visitas virtuais permitem que os compradores vejam os imóveis virtualmente sem precisar sair de casa, antes mesmo do imóvel ser construído.
  •  Big Data: As empresas utilizam esta tecnologia para tomar melhores decisões e realizar movimentos estratégicos, adaptando a sua abordagem ao consumidor.
  • Criptomoedas: Facilitam a transferência de ativos e permitem a realização de transações transfronteiriças e vendas de imóveis por meio de bitcoins.
  • Geolocalização: Com esta tecnologia, o setor imobiliário pode analisar melhor a localização e explorar os ativos mais detalhadamente.

Construtech

Construtechs são startups que oferecem soluções tecnológicas para a cadeia produtiva da construção civil, tornando esses processos escaláveis e replicáveis.

Esses empreendimentos buscam resolver as “dores” de empresas como mineradoras, construtoras, empreiteiras, indústrias de materiais, imobiliárias, empresas de arquitetura e até governos.

Ou seja, as soluções visam facilitar e otimizar a rotina dos profissionais que trabalham nessas áreas nas mais variadas ramificações da construção civil. São algumas dessas soluções:

  • Soluções em BIM;
  • Automação residencial;
  • Gerenciamento de obras, manutenções, reformas, projetos de interiores;
  • Impressão 3D;
  • Softwares e;
  • Materiais de construção.

Principais Inovações na Construção Civil

A criação de inovações na construção civil podem oferecer grandes benefícios, como aumento da eficiência, produtividade e redução de falhas.

Dentre algumas das principais ferramentas, podemos citar:

Soluções em BIM

Primeiramente precisamos entender que o termo BIM – Building Information Modeling (Modelagem da Informação da Construção) é um processo criado para gerenciar informações em um projeto de construção em todo seu ciclo de vida.

Como resultado, esse processo trás o modelo de informações de construção, que representa a descrição digital de cada aspecto do ativo construído. É a partir dele que se viabiliza a utilização de outras tecnologias como a automação e robótica.

O BIM reúne todas as informações criadas em um formato legível por todos os envolvidos na construção de uma edificação, promovendo eficiência, integração da cadeia de valor, sustentabilidade, dentre outras vantagens.

Em suma, a implementação da metodologia BIM se dá em 4 estágios, que são:

  • Pré-BIM (ou estágio 0): empresas que ainda usam ferramentas em CAD, desenhos feitos com linhas representativas e informações em documentos auxiliares, muito suscetíveis a erros;
  • 1- Estágio 1: quando se inicia a transição do 2D para o 3D nos desenhos, que já representam elementos reais sendo visualizados em três dimensões;
  • 2- Estágio 2:  quando há colaboração entre os setores do projeto e o gerenciamento torna-se mais complexo e amplo, porém ainda não totalmente integrado;
  • 3- Estágio 3: o último estágio, onde há total integração de processos, com informações em tempo real chegando a todos os envolvidos no processo produtivo.

Drones

Esses dispositivos estão sendo incorporados ao mundo da construção civil, com usos variados e trazem vantagens significativas em termos de custos e prazos. Os principais usos são, por exemplo:

  • Prestação de serviço de imagens;
  • Captação de imagens para segurança no trabalho;
  • Içamento de cabos;
  • Mapeamento de áreas;
  • Inspeções, entre outros.

Automatização da Construção e Impressão 3D

Os primeiros protótipos de robôs na construção civil começaram a surgir em meados dos anos 80, mas a sua concretização tem se dado de forma bastante lenta.

Contudo, essaa situação vem se acelerando nos últimos anos, especialmente com a adaptação da impressão 3D para a construção civil.

Isso porque, o uso dessa tecnologia tem potencial de reduzir de forma significativa os custos e desperdícios, aumentar a qualidade final, a segurança, a velocidade de construção e a dependência de mão-de-obra nas construções.

Dispositivos vestíveis

Outras inovações na construção civil são os dispositivos para serem usados nas vestimentas, como capacetes inteligentes e smart glasses (óculos 3 D).

Por exemplo:

  • Sensor para prever envenenamento por monóxido de carbono;
  • Fita para prever acidentes causados por cansaço;
  • Etiqueta de controle de quedas;
  • Capacete inteligente;
  • Óculos 3D para revisão de projetos

Startups com maior destaque na Construção Civil 

De acordo com levantamento feito pelo Terracotta Ventures (2021), no período de 2015 a 2020 o número de Construtechs e Proptechs  aumentou em 235%, chegando a mais de 830 no país.

Portanto isso demonstra que, mesmo em períodos de recessão no setor, mais e maiores startups estão surgindo.

Dentre algumas startups que se destacaram nesse período estão algumas relacionadas à tendência da construção modular offsite, ou seja, sistemas construtivos baseados em módulos, com sua fabricação fora do canteiro de obras.

Também tem se destacado startups com soluções ao longo de toda a jornada da construção civil, com plataformas que integram todos os processos.

Além disso, construtechs que usam dados e inteligência artificial para o processo de estudo de viabilidade de incorporações, também foram algumas das que mais se expandiram.

Pretende investir em inovações na construção civil, mas não sabe por onde começar? Entre em contato com o nosso time de especialistas e descubra como podemos te ajudar.

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O que é CVM e quais as suas principais funções

Descubra o que é CVM e quais as suas principais funções neste artigo. CVM é a sigla para Comissão de Valores Mobiliários, uma Organização vinculada ao Ministério da Fazenda que regula e fiscaliza o mercado financeiro.

O mercado financeiro pode ser um ambiente bastante complexo, especialmente para quem está começando no mundo dos investimentos. A diversidade de agentes e interesses envolvidos, faz com que, muitas vezes, surjam conflitos de interesse entre os negociadores.

Neste cenário, a CVM é a entidade que tem, entre outras funções,  proporcionar o bom funcionamento deste ambiente, inspecionando Sociedades Anônimas de capital aberto, fundos de investimentos, corretoras, entre outros.

Ou seja, entre as atribuições da CVM está a proteção aos investidores, prezando pelos direitos desses agentes, ao mesmo tempo em que promove uma maior transparência e confiabilidade ao mercado de valores mobiliários.

Continue a leitura e saiba mais sobre a importância desta Organização!

O que é CVM?

A CVM – Comissão de Valores Mobiliários é uma autarquia, ou seja, uma entidade autônoma, criada por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios para executar atividades típicas de Administração Pública.

A entidade é dotada de autoridade administrativa independente, sendo gerida por um Presidente e quatro Diretores nomeados pelo Presidente da República. Também faz parte deste órgão um corpo de Superintendentes, que constituem a instância executiva da CVM.

Esta Organização foi criada com o objetivo de promover uma economia baseada na livre iniciativa. Sua função principal é garantir os direitos do investidor, principalmente o acionista minoritário.

Por outro lado, a CVM também é responsável por defender os interesses do mercado de valores mobiliários em geral. Isso compreende o ambiente em que são negociados títulos emitidos pelas empresas para arrecadar, junto ao público, recursos para o financiamento de suas atividades.

Ao definir como seu objetivo básico defender os investidores, principalmente os acionistas minoritários, a CVM busca garantir:

  • Que o mercado ofereça condições de segurança e confiabilidade;
  • Que esse ambiente seja capaz de se consolidar como instrumento dinâmico e eficaz na formação de poupanças, na capitalização das empresas e na distribuição da renda e da propriedade;
  • A participação de investidores de forma crescente e democrática, com acesso do público às informações sobre valores mobiliários negociados e sobre as empresas que tenham emitido.

Ou seja, a CVM é uma instituição que atua para estimular o mercado, ao mesmo tempo que assegura aos investidores a regulamentação do processo e a garantia dos seus interesses.

Portanto a CVM, regula e fiscaliza operações do mercado que tratam de valores mobiliários.

Mas, afinal, o que podem ser considerados ou não valores mobiliários?

São Valores Mobiliários

De acordo com o que foi estabelecido na Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976 e adaptado pela Lei nº 10.303, de 31 de outubro de 2001, são considerados valores mobiliários:

  1. Ações, debêntures e bônus de subscrição, assim como cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos a estes itens;
  2. Certificados de depósito de valores mobiliários;
  3. Cédulas de debêntures;
  4. Cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de investimento em quaisquer ativos;
  5. Notas comerciais;
  6. Contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários;
  7. Outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes; e
  8. Quaisquer outros títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros, quando ofertados publicamente.

Não São Valores Mobiliários

  1.  Títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal; e
  2. Títulos cambiais de responsabilidade de instituição financeira, exceto as debêntures.

Além desses, qualquer outro título criado e emitido por sociedades anônimas, podem ser negociados, desde que se adequem ao conceito de valor mobiliário e sejam registrados na CVM.

Quais são as principais funções da CVM?

Como já dissemos, dentre as funções principais da CVM existe a regularização e fiscalização do mercado financeiro, defendendo os interesses de investidores. Para isso, essa entidade desenvolve atividades relativas a: 

  1.  Emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado;
  2. Negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários;
  3. Negociação e intermediação no mercado de derivativos;
  4. Organização, funcionamento e operação das bolsas de valores;
  5. Organização,  funcionamento e operação das Bolsas de Mercadorias e Futuros;
  6. Administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários;
  7. Auditoria das companhias abertas;
  8. Serviços de consultoria e análise de valores mobiliários.

Além disso, a CVM é responsável por atividades como a regulamentação do mercado, observando a política definida pelo Conselho Monetário Nacional, a fiscalização e inspeção das companhias abertas, a veiculação de informações relativas ao mercado (pessoas que participam dele e valores negociados), entre outros.

CVM 88 e suas mudanças para o investimento no Setor de Startups

Uma importante modificação na Lei da CVM é a Resolução CVM 88, que trata sobre a oferta pública de distribuição de valores mobiliários de emissão de sociedades empresariais de pequeno porte, realizada com dispensa de registro por meio de plataforma eletrônica de investimento participativo, ou seja, os Crowdfunding.

Essa resolução começa a vigorar em Julho de 2022. Ela permite às plataformas intermediar processos de compra e venda, entre investidores, de participação societária de ofertas realizadas em suas plataformas.

A nova regra aumenta o limite de receita anual para as empresas que desejam captar recursos nessa modalidade. O limite de faturamento que, até então, era de 10 milhões passa para 40 milhões, sendo que pode chegar a 80 milhões, no caso do financiamento para um mesmo grupo econômico

Outra modificação trazida pela resolução é o aumento no tamanho do teto para as rodadas de captação, que passam de R$ 5 milhões para R$15 milhões a partir da nova regra.

Outras modificações com a CVM

Além da ampliação destes valores, a resolução CVM traz outras modificações importantes, que podem causar uma verdadeira  revolução do setor de financiamentos coletivos, a exemplo do aumento de limites, novos critérios de divulgação das rodadas, ampliação nas proteções aos investidores e melhorias na operacionalização da rodada.

Também podemos citar entre as principais modificações:

  • O limite apontado para investidores não-qualificados que passou de R$ 10 mil para R$ 20 mil anuais;
  • Definição de novas diretrizes para a divulgação das ofertas, o que inclui por outros meios além da própria plataforma,
  • Auditoria, por auditor registrado na CVM, da escrituração dos valores mobiliários, que passa a ser obrigatória em alguns casos, e nas captações acima de R$10 milhões;
  • Permissão de até 25% em lotes adicionais de ações para complementar demanda de uma oferta finalizada com sucesso.

Como foi possível perceber, a nova resolução do CVM busca garantir ainda mais os interesses dos investidores e a transparência do mercado financeiro, especialmente os relacionados aos financiamentos coletivos.

Nesse sentido, vale salientar que, optar pelo registro na CVM significa enviar e manter atualizadas informações econômicas e financeiras que permitam aos investidores avaliar as condições atuais e futuras da sua empresa, tornando seu negócio muito mais atrativo para o mercado.

Ficou com dúvidas sobre o que é CVM e como o registro nessa entidade pode ajudar sua empresa? Entre em contato com o nosso time de especialistas para saber mais.

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Iceberg: pixels serão sempre pixels

Não se fala em outra coisa além de NFTs no mundo da inovação. O assunto recentemente ultrapassou o Bitcoin em número de pesquisas no Google e conquistou entusiastas, especuladores e apaixonados por tecnologia. Também ganhou a rejeição daqueles que acham um grande absurdo darem tanto valor no que entendem ser apenas um desenho de chimpanzé para uma foto de perfil. Mas afinal, o que são NFTs e por que estão movimentando tanto dinheiro?

Antes de entrarmos no conceito, é importante entendermos que o número de entusiastas de qualquer inovação disruptiva sempre será menor do que o número de pessoas que irão questionar a real necessidade daquilo. É normal que estes insistam em reduzir o tema (que é profundo e vasto) à uma “demanda milionária aleatória”. Entretanto, aqui vamos nos aprofundar neste iceberg e entender a revolução que está por trás do que vemos hoje.

A definição mais utilizada de NFTs é a que o próprio nome já diz – Tokens Não Fungíveis (Non Fungible Tokens) – e significam ativos únicos, logo, não são fungíveis como notas de 50 reais. Estas, por sua vez, são fungíveis, já que se eu trocar uma nota de 50 reais com alguém, continuarei tendo 50 reais, ou seja, o valor é o mesmo.

Este conceito parece muito básico, já que existem diversos outros itens que não são fungíveis como pedras preciosas, por exemplo, não há uma igual à outra. Isso significa que não temos nada de novo? Na verdade, não. É aí que começamos a aprofundar esse iceberg além dos pixels e entramos em outros dois braços muito importantes para a tecnologia: blockchains e smart contracts (contratos inteligentes).

O assunto NFT é parte de um resultado quase perfeito da soma entre: itens únicos atrelados a um contrato inteligente (com os termos definidos pelo criador) registrados em uma cadeia de blocos (blockchain), impossível de ser apagada, alterada ou adulterada. Essa cadeia de blocos configura uma rede descentralizada que possui registros de transações e dados (em ordem cronológica) e imutável. Transacionar itens se torna muito mais rápido, seguro e barato do que qualquer outra maneira.

Apesar de tudo isso, talvez este assunto tenha sido introduzido de maneira errada no mainstream brasileiro, pelo menos. As primeiras grandes notícias traziam cases como Beeple, que vendeu sua obra de arte em colagem por 60 milhões de dólares ou a coleção do Bored Ape Iate Club, na qual o jogador Neymar é um dos holders. Trazendo à tona os NFTs antes mesmo das pessoas entenderem como funcionam blockchains e o por quê sentiu-se a necessidade dessa tecnologia.

Em resumo, os NFTs são apenas artifícios de algo muito maior que é a WEB 3.0, terceira fase de evolução da internet. As anteriores aconteceram de maneira orgânica, respeitando uma demanda dos próprios usuários, e na WEB 3.0 não é diferente. Em 1991, com o surgimento do World Wide Web (famosa WWW), a internet alterou as formas de comunicação estabelecidas e revolucionou o acesso às informações, esta é a chamada WEB 1.0, uma rede internacional onde os usuários não interagiam com o conteúdo.

Já na WEB 2.0, surgiram as redes sociais, onde conseguimos interagir com pessoas, sistemas e estabelecemos a ideia de que tudo é acessível. E finalmente chegamos a WEB 3.0, a internet incorporada a uma forma de se comunicar de maneira descentralizada e sem a necessidade de intermediários, que garante mais liberdade e segurança a todos.

Toda grande inovação disruptiva é fruto de uma necessidade às vezes desconhecida pelos próprios usuários, mas que estão implícitas no comportamento de consumo de cada um. No caso da WEB 3.0, temos quatro tendências que vem se fortalecendo na última década e contribuem para o advento da mesma, são elas:

1. Comunidade

A sensação de pertencimento é explorada pelo marketing digital cada vez mais, e as pessoas gostam de se sentir parte de um grupo desde que o mundo é mundo. A exemplo do Bored Ape Iate Club, uma coleção onde os donos de cada macaco compõe uma espécie de “clube dos milionários, que realizam eventos e festas onde só holders podem estar presentes.

2. Exclusividade

Os conteúdos exclusivos são cada vez mais desejados e valorizados. A sensação de estar perdendo algo define o comportamento de consumo nas pessoas, onde ter algo que só você ou um grupo pequeno de pessoas tem, te faz sentir especial. Quando a partir do momento que não é mais exclusivo, perde a graça.

3. Identidade:

No mundo ocidental, historicamente, há uma tendência a valorizar a identidade e a liberdade de cada um para ser o que se quiser ser. O próprio “eu” é a coisa mais importante para cada um. Isso trás a necessidade das pessoas se expressarem a partir da sua maneira de ser, de se vestir e de se comportar.

4. Desmaterialização do mundo físico

Hoje quase tudo pode ser feito digitalmente. Ninguém quer ir a um cartório ou tirar dinheiro no caixa eletrônico, por exemplo. Com ativos digitais, a tendência é que o mundo digital seja mais importante do que o físico, já que a maior alocação de dinheiro estarão em bens e negócios realizados digitalmente.

Um exemplo claro disso é a venda da primeira casa real em NFT no metaverso, ela estava presente em pixels na metarealidade ‘Sandbox’, mas a compra do ativo digital deu direito de propriedade ao holder de uma mansão em Miami – mostrando que apesar de tudo, a WEB3 pode interagir perfeitamente com o “mundo real”.

O que vivemos agora?

Na fase que estamos entrando, os NFTs vieram para, além de suprir necessidades dos usuários, abrir oportunidades de negócios. Hoje, a tecnologia ser utilizada na grande maioria das vezes por artistas, é sintoma de um meio onde o plágio, cópias sem autorização e dificuldade de monetização são muito comuns. A vantagem é a emissão de certificados digitais de autenticidade registrados em blockchain e recebimento de royalties automaticamente por obra revendida no mercado secundário.

Além disso, os intermediários atrapalham o desenvolvimento econômico do meio. O player de streaming mais popular, o Spotify, possui cerca de 44% do mercado e por mais que pareça ser vantajoso para o usuário, é pago apenas U$0,003 ao artista por reprodução, de acordo com dados do The Trichordist. Agora imagine a possibilidade do seu artista preferido se conectar diretamente com você e com toda fan base, estabelecendo uma comunidade, personalizando benefícios e oferecendo experiências únicas, sem intermediários.

Recentemente vimos um exemplo claro relacionado a isso. O artista Kanye West anunciou, pelo seu instagram, que lançará seu próximo álbum tão aguardado por fãs somente em uma plataforma própria, chamada Stem Player, um dispositivo que permitirá que o fã desfrute da obra por U$ 200. A intenção de Kanye é clara em estabelecer sua própria comunidade e não depender mais de intermediários para se conectar com ela – algo que a WEB 3.0 trás como proposta de valor para os criadores.

Assim acontecerá para os artistas, para os eventos e para todo mercado de entretenimento. As filas para compra de tickets já ficaram no passado ainda na WEB2, mas esse ramo continua a evoluir nessa nova fase. A venda de tickets em NFTs garante mais segurança, praticidade e ainda há a possibilidade de se criar um mercado secundário seguro e lucrativo (royalties para o emissor do ticket).

Foi o que fez o festival Coachella, lançando uma coleção de 10 NFTs que dão acesso vitalício ao evento para os holders dos ativos. Para utilizar é tão simples quanto chegar no evento apresentar sua carteira digital e entrar em qualquer uma das edições futuras. Podendo, inclusive, transferir o passe para seus filhos e netos.

Mas nem só de NFTs e entretenimento vive a WEB3. As oportunidades são tantas que mal conseguimos explorar tanto a imaginação – por isso é um campo aberto a novos negócios que procuram inovar e mudar o que hoje funciona de maneira arcaica, burocrática e falha.

A tecnologia blockchain poderia ajudar a resolver, inclusive, problemas sociais. No Brasil, os processos de pensão alimentícia dobram a cada 5 anos, de acordo com IBGE. Agora imagine que, em um futuro, poderia ser estabelecido um contrato inteligente registrado em blockchain, onde o valor da pensão funciona como royalties, que saem automaticamente da wallet de quem deve pagar o benefício para wallet do beneficiado.

É claro que grandes inovações disruptivas ao mesmo tempo que trazem grandes benefícios, também trazem o outro lado da moeda – é o caso da WEB3. Ao mesmo tempo que garante segurança aos usuários, também pode trazer perigos pela “privacidade excessiva” e liberdade total, impactos psicológicos nos usuários e impactos ambientais pelo custo energético.

O debate pelos limites da privacidade e liberdade é longo e pode gerar, inclusive, um artigo exclusivo sobre este assunto, é de assustar o fato de que as pessoas poderão ser quem elas quiserem ser, com um avatar inventado e identificado apenas pelo número da sua wallet. É o “dilema da identidade” a ser enfrentado (ou não).

Por outro lado, sobre o impacto ambiental, principal ponto levantado pelos críticos, vale um disclaimer. Pois, ainda que o gasto energético gerado pelas blockchains sejam altos e acarretem em emissão de gás carbônico, o que incomoda não parece ser a alta queima de carvão e emissão de gases, porque, isso, outras indústrias também o fazem (e muito mais).

Na verdade, o ponto central é a suposta inutilidade desse gasto. Quando as pessoas não visualizam um horizonte onde a WEB 3.0 se torna realidade e que ela é parte de uma revolução digital e financeira, o argumento é que tem se gerado um alto impacto ambiental para fins especulativos ou, sendo ainda mais raso, para “grupos milionários se sentirem parte de um clube”.

Apesar disso, o fato é que o problema existe e que já há movimentação do mercado para resolvê-lo. Afinal, quanto mais sustentável, mais atrativa é a tecnologia. Novas maneiras de processamento vem sendo criadas, hoje algumas redes já utilizam o sistema Proof of Stake, onde, resumidamente, quem processa as transações não é recompensado com criptomoedas mineradas e sim com uma taxa de participação no valor daquele bloco validado. Isso diminui (e muito) o gasto energético.

Um segundo exemplo pode ser El Salvador, o país que adotou o Bitcoin como uma das moedas correntes do país. Como eles lidaram com o gasto energético disso? Bom, El Salvador tem uma particularidade bem específica, que é a presença de vulcões e a utilização deles para uso energético. Os vulcões já emitem carbono por si só, não há nada que se possa fazer, além de unir o útil ao agradável e usá-lo para algo.

Apesar dos problemas, a WEB 3.0 é uma realidade, o fato de NFTs terem movimentado 134 bilhões de reais durante 2021 comprovam este fato. Mas a chegada dela ao mainstream ocorrerá de maneira natural e as pessoas sentirão a necessidade de adotá-la, mesmo que involuntariamente. As Bigtechs se movimentam para realizar esta transição e como falamos anteriormente, novos negócios estão prestes a surgir neste terreno ainda a ser explorado.

Todos nós procuramos praticidade, rapidez, segurança e liberdade. A tecnologia que oferece um ambiente com essas condições tende a dominar os hábitos de consumo e de comportamento. Ainda temos muito a falar, muito a criar e muito a debater. Estamos apenas no início e somos todos early adopters do que será a maior revolução das últimas décadas.