O descompasso entre valuation em dólar e receita em real virou padrão em pitch de startup brasileira:
“Estamos captando 1 milhão de dólares.”
Mas quando olhamos de perto:
- Todos os clientes estão no Brasil
- A receita é 100% em real
- O faturamento mensal ainda está na casa dos R$ 20 mil
- A operação continua no estágio inicial, sem escala internacional
Colocar o valuation em dólar cria a impressão de que a startup é maior do que realmente é. Soa mais global, mais investível, mais escalável. Além disso, suaviza a diluição na narrativa do pitch.
No entanto, esse tipo de “maquiagem” — valuation em dólar e receita em real — não engana investidores experientes. Afinal, quem já analisou centenas de rodadas sabe quando a conta não fecha.
Dólar no Valuation. Real no Risco.
Se você apresenta o valuation em dólar, deveria ter coragem de apresentar sua receita no mesmo padrão. Afinal, se a base de faturamento está no Brasil e os custos operacionais também, o risco do negócio está em real.
Investidores olham para o risco. E risco se mede na mesma moeda da operação. Portanto, coerência entre receita, risco e valuation é fundamental.
Quando o valuation está desalinhado com a realidade da empresa, o que poderia ser uma negociação saudável vira um ruído que trava a rodada.
O que realmente sustenta uma negociação
- Métricas consistentes de crescimento
- Projeções realistas
- Tese clara de uso do capital
- Coerência entre valuation e estágio da empresa
Na Booming, ajudamos startups a estruturarem rodadas com dados, contexto e coerência. Sabemos que apresentar valuation em dólar e receita em real só enfraquece o discurso de tração. Portanto, valuation é mais do que um número — é uma mensagem. E ela precisa ser crível.
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